Barão Vermelho - Barão Vermelho (2004)


Artista: Barão Vermelho
Disco: Barão Vermelho
Ano: 2004
Esta edição: 2004 (Edição original em CD)
Gravadora: WEA (Edição original em CD)
Estilo: Pop Rock
Tempo total: 40:16
Formato: MP3 320k (+ scans)

Faixas:
01. Cara A Cara - 3:30
02. Cuidado - 2:36
03. Mais Perto Do Sol - 3:26
04. A Chave Da Porta Da Frente - 4:07
05. Pra Toda A Vida - 4:36
06. Embriague-se - 3:10
07. O Dia Em Que Você Me Salvou - 3:21
08. Cigarro Aceso No Braço - 4:23
09. Tão Inconveniente - 3:21
10. A Máquina De Escrever - 4:17
11. Só O Tempo - 3:24

Um pouco da história:
Barão Vermelho é uma banda de rock brasileiro fundada em 1981, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Juntamente com Legião Urbana, Paralamas do Sucesso e os Titãs é considerada uma das quatro bandas brasileiras mais influentes fundadas na década de 1980.

Após assistirem a um show da banda Queen no Morumbi, em São Paulo, surgiu o desejo em Guto Goffi (Flávio Augusto Goffi Marquesini), bateria, e Maurício Barros (Maurício Carvalho de Barros), teclado, de 19 e 17 anos de idade respectivamente, de formar uma banda de rock. Em outubro de 1981, os dois estudantes do Colégio da Imaculada Conceição, no Rio de Janeiro, escolheram o nome: Guto sugeriu e Maurício concordou que a banda usaria o codinome do aviador alemão Manfred von Richthofen, principal inimigo dos Aliados na Primeira Guerra: Barão Vermelho. Dias depois, a dupla se uniu a Dé (André Palmeira Cunha), baixo, e Frejat (Roberto Frejat), guitarra.

Em 1984, o Barão Vermelho tocou com a Orquestra Sinfônica Brasileira, e em 1985, foi convidado para abrir os shows internacionais do Rock in Rio. Depois de tanto sucesso, estava claro para todos que a carreira da banda estava consolidada.

Cazuza já havia expressado o seu desejo de fazer trabalhos solo, e era apoiado por Frejat, contanto que, para isso, ele não abandonasse a banda. A saída, no entanto, anunciada primeiramente ao público no final de um show, foi conturbada, causando uma ruptura na forte amizade que unia Cazuza e Frejat e que só veio a ser reconciliada anos depois. Com a saída, Cazuza ainda levou consigo algumas músicas para o seu primeiro disco solo. A banda superou, lançando a música "Torre de Babel", agora com Frejat no vocal.


Barão Vermelho é um álbum de estúdio da banda homônima, lançado em 2004.

Ouvindo esse disco hoje, me assustei ao perceber que já se passaram dez anos desde o seu lançamento, e a correria nossa de todo dia, ainda não me permitiu apreciá-lo como se deve. O lado bom disso é ter um disco que na minha cabeça é praticamente “novo”, já que não o ouvi muito, mesmo o considerando um ótimo trabalho da banda. Da turnê que eles realizaram nesse período tive o prazer de ver cinco shows.
Esse disco registrou a volta do Barão Vermelho, depois de um intervalo no qual os integrantes se dedicaram a projetos paralelos. Intitulado simplesmente como Barão Vermelho, assim como o primeiro álbum da banda, ele marcou um recomeço que infelizmente viria a ser interrompido com uma pausa a partir de 2007 da qual eles ainda não saíram (exceto para uma curta turnê em comemoração aos 30 anos da banda entre 2012 e 2013).
O Barão retornou ao seu som mais característico com uma pegada vigorosa, lembrando alguns de seus melhores discos como Na Calada da Noite e Carne Crua. “Cara a Cara” do baixista Rodrigo Santos com o baterista Guto Goffi abre o disco e representa bem essa sonoridade com guitarras, violões, baixo e bateria marcantes como deve ser um bom Rock’n’Roll. “Cuidado” de Roberto Frejat (guitarra e voz), Maurício Barros (teclados) e Marcelo Rosauro foi o “single” que lançou o disco, não está entre as minhas prediletas, mas é aquele tipo de música que sempre funciona nos shows (assim como a assustadora “Puro Êxtase” que ao vivo ganhava muito em relação à gravação original no disco homônimo que esteve longe de figurar entre os melhores momentos discográficos da banda). “Mais Perto do Sol” revela mais uma boa melodia composta por Frejat e Rodrigo Santos, e tem letra de Mauro Santa Cecília. “A Chave da Porta da Frente”, parceria de Frejat e Leoni tem um clima latino e mais um bom riff de guitarra, coisa que o Barão talvez tenha feito de forma única no rock nacional. As melhores bandas de rock, sempre souberam fazer belas baladas, e foi o que Frejat, Maurício Barros e Mauro Santa Cecília realizaram em “Pra Toda Vida”. Desconheço o processo de composição através do qual a música foi feita, muito provavelmente letra e música foram feitas de formas separadas, mas elas se fundem de tal maneira que parecem terem sido feitas simultaneamente por um só compositor. Aliás, o letrista Mauro Santa Cecília que já vinha de outras colaborações com o Barão, e registrou várias parcerias nesse disco também está presente, em parceria com Frejat, na adaptação do poema “Embriague-se” de Charles Baudelaire na música que ganhou o mesmo título do poema. Uma ode ao álcool, (Embriague-se, embriague-se de noite ou ao meio-dia, embriague-se numa boa de vinho, virtude ou poesia). “O Dia Em Que Você Me Salvou” de Frejat, Fernando Magalhães (guitarra) e Mauro Santa Cecília, tem algo dos anos 60 e do punk dos 70 nas guitarras e é mais uma das músicas “ganchudas” do disco que acabou não tendo a divulgação que merecia. “Cigarro Acesso No Braço” composta pelo mesmo trio é uma balada com uma letra forte de Mauro ("Vendo o sonho morrer, eu pude perceber, você dormindo hoje ao meu lado, é um cigarro aceso queimando meu braço"). A gravação é de uma melancolia e intensidade profundas. Para quem já foi muito criticado quando começou a cantar, Frejat se revelou com o tempo um bom intérprete que sabe dar o recado como poucos cantores, inclusive uma penca deles que cantam com muito mais técnica. “Tão Inconveniente” de Fernando, Rodrigo, Mauro, Lúci, Tom Capone e Frejat, é outro bom rock do disco que talvez tivesse melhor sorte na década anterior quando ainda se tocava música de qualidade no rádio. “A Máquina de Escrever” foi outra realização muito feliz de Frejat e Guto Goffi que musicaram esse poema de Giuseppe Ghiaroni (creditado com o nome errado no encarte. O poeta já foi musicado também por Erasmo Carlos na música “Sou Uma Criança, Não Entendo Nada”). Uma das melhores, senão a melhor faixa do álbum. “Só O Tempo”, outra colaboração de Frejat, Fernando e Mauro, fecha o disco.
O CD trazia ainda uma faixa interativa (que eu acho uma grande chatice que rolou quando começou a popularização dos computadores e ainda bem que já ficou para trás) através da qual você podia baixar duas faixas bônus, coisa que não fiz porque quando eu ganhei o disco já não estavam mais disponíveis e só consegui conhecer ouvindo de maneira gratuita num site (exatamente o contrário da ideia dos produtores, que era induzir o fã a comprar o disco original e não o pirata ou baixar o mp3 numa época em que as vendas já despencavam de vez no mercado nacional). Uma delas é “Círculos Loops e Repetições” de Frejat, Guto e Mauro que traz mais uma visita do Barão a música nordestina como fizeram em “Pergunte ao Tio José” (letra de Raul Seixas musicada por Frejat e gravada no disco Carne Crua), fundindo baião com rock, aliás, como o próprio Raul ensinou em “Let Me Sing, Let Me Sing” e outras de suas composições. A outra canção bônus se chama “É A Vida”, de Peninha (percussão) e Luiz Carlos Da Vila. Em se tratando de um álbum de 40 minutos numa época em que o CD já era o padrão e os discos já tinham avançado sua duração para até 60 minutos, acho que as duas podiam estar no CD sem a frescura de ter que baixar, mas ao mesmo tempo acho que ambas não acrescentariam muito ao disco que é muito bom por si só.
Bons arranjos de guitarra, belas melodias e letras com conteúdo, receita infalível de um bom Rock’n’Roll, resultaram num disco maduro, tanto na temática das letras quanto na qualidade musical da banda, porém, sem perder a energia e alegria juvenis do Rock. 

Fonte: Wikipedia & Rock N Geral

Site oficial: www.barao.com.br

Outros discos da banda já foram publicados aqui no blog (ache eles AQUI).

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