Zé Ramalho - Opus Visionário (1986)


Artista: Zé Ramalho
Disco: Opus Visionário
Ano: 1986
Esta edição: 2003 (Re-Edição em CD)
Gravadora: Epic
Estilo: Pop Rock, Folk Rock
Tempo total: 39:58
Formato: MP3 320k (+ scans)

Faixas:
01. Zyliana - 4:12
02. Um Índio - 4:08
03. Quasar Do Sertão - 3:57
04. Parceria- 4:10
05. Bê- 3:37
06. Visionária - 5:02
07. Botões De Osso - 3:54
08. Tamarineira Village - 3:06
09. Olhares Sem Destino - 3:34
10. Pedras E Moças - 4:11

Um pouco da história:

Apresentação do disco por Zé Ramalho

É um disco de canções "viajantes", misterioso e belo. Abre com um trecho de "O Guarani" do imortal Carlos Gomes. Minha idéia era levar o ouvinte a uma "viagem interior" pelo pensamento de cada um e pela emoção tão variante em cada ser humano. O resultado da regravação de "Um Índio" de Caetano Veloso, deu-me incentivo a encontrar-me mais vezes com as emoções de outros compositores. É um disco que marca também meu encontro musical com Lincoln Olivetti e Robson Jorge, que atuaram efetivamente na criação de todo o álbum. Há também a presença de Geraldo Azevedo, que canta comigo "Pedras e Moças", música que havíamos acabado de compor. Na época, a utilização de componentes eletrônicos foi usada com pioneirismo pelo Lincoln e sua parafernália cebernética. Foi o oitavo disco e o ano era 1986.


Texto da reedição em cd (2003) por Marcelo Fróes

Com o sucesso de Mistérios da Meia Noite no ano anterior, Zé Ramalho havia conseguido zerar uma dívida com a CBS. Segundo ele próprio, deixara de ser um estorvo ainda que seus últimos discos vendessem apenas o suficiente para não dar prejuízo. Financeiramente resolvido e com uma nova companheira - Roberta, com a qual se casaria anos mais tarde -, o artista achou que estivesse retornando o controle da situação, mas este trabalho - e o posterior - acabaram representando um mergulho ainda mais profundo no universo das drogas. "Opus Visionário" seria gravado no estúdio do maestro e arranjador Lincoln Olivetti, então Mauro Motta resolveu voltar a trabalhar com Zé Ramalho. Quando lançado em 1986, o disco foi trabalhado e a faixa de abertura Zyliana foi razoavelmente executada em rádio, garantindo ao artista espaço em programas de TV. Entretando, as viaqens embaladas pelas drogas faziam com que Zé Ramalho se trancasse cada vez mais em casa. A diretoria da gravadora percebeu e se ressentiu do artista não ter conseguido completar o trabalho de divulgação do novo disco. Mal assessorado, Zé Ramalho parou de fazer shows e parou de trabalhar. O disco tinha tudo pra ter decolado, mas não decolou - apesar de hoje, com esta reedição, podermos reavaliar o belo trabalho com a dupla Lincoln Olivetti & Robson Jorge, a versão de Um índio (de Caetano Veloso) e o dueto com Geraldo Azevedo na faixa final Pedras e Moças.

Fonte: Site Oficial

Site oficial: www.zeramalho.com.br

Outros discos do artista já foram publicados aqui no blog (ache eles AQUI).

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