Marina Lima - Certos Acordes (1981)


Artista: Marina Lima
Disco: Certos Acordes
Ano: 1981
Esta edição: 2005 (Re-Edição em CD Remasterizado)
Gravadora: Ariola (Edição Original) / Universal (Esta Re-Edição)
Estilo: MPB, Pop Rock
Tempo total: 33:30
Formato: MP3 320k (+ capas)

Faixas:
01. Charme Do Mundo - 4:14
02. Quem É Esse Rapaz - 5:11
03. O Lado Quente Do Ser - 2:40
04. Seu Nome - 5:09
05. Maresia - 3:34
06. Gata Todo Dia - 4:00
07. Libra - 4:03
08. Avenida Brasil - 4:36

Um pouco da história:
Marina Correia Lima (Rio de Janeiro, 17 de setembro de 1955) é uma cantora e compositora brasileira.

Nascida no Rio de Janeiro, mudou-se ainda criança para a capital dos Estados Unidos, Washington, onde viveria até os 22 anos, pois o pai, Ewaldo Correia Lima, era economista do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Neste período ganhara um violão do pai, como um pretexto para sentir menos falta do país natal. Marina é irmã de Roberto, economista, e de Antônio Cícero, poeta e filósofo.

Iniciou a carreira em 1977, quando teve uma canção gravada por Gal Costa, "Meu Doce Amor". Decidiu musicar um dos poemas do irmão mais velho, Antônio Cícero e obteve reconhecimento. Estabelecida essa conexão "emocional", Marina e Cícero esqueceram antigas divergências ocasionadas pela idade e, a partir de então, trilhariam uma parceria de sucesso.[4] De volta ao Rio de Janeiro, assina um contrato e lança o primeiro LP, Simples Como Fogo em 1979. No começo dos anos 1990, assina como Marina Lima, e não apenas Marina.


Certos Acordes é o terceiro álbum da cantora e compositora Marina, lançado em 1981.

Não são poucos os casos de cantoras da música popular brasileira com discos de estreia “complicados”, muitas vezes incongruentes diante do resto de sua discografia, corpos estranhos em sua carreira. Os erros passam por más escolhas na concepção da obra ou num estilo de interpretação exagerado, ainda não amadurecido. Aconteceu, entre outras, com Marisa Monte e Adriana Calcanhotto. E com Marina Lima.
Simples Como Fogo, primeiro disco da jovem ipanemense que na época (e até 1990) assinava apenas como Marina, é um exemplo destas estreias algo decepcionantes. Lançado em 1979 pela WEA, brilhava em poucos momentos e pecava nos arranjos confusos, na seleção equivocada de repertório e nos trejeitos vocais da cantora iniciante de voz singular, mas, ali, aparentemente mal orientada. Como resultado, nem mesmo a participação no especial Mulher 80 da TV Globo foi suficiente para fazer com que o grande público saudasse a novidade.
No ano seguinte, Marina trocaria a WEA pela Ariola e lançaria Olhos Felizes. Mais coeso, com vocais mais contidos – mas ainda não totalmente no ponto ideal – o segundo álbum foi melhor recebido e gerou três sucessos, em ordem de grandeza: “Nosso Estranho Amor” (dueto com Caetano Veloso), “Corações A Mil” e “Doce Vida”. Ainda havia, porém, um problema: as três canções eram de outros compositores (Caetano, Gilberto Gil e o casal Rita Lee-Roberto de Carvalho, respectivamente). Desse modo, como fica um artista novo, com propostas novas, mas que só conseguia atrair o público por meio de músicas de outros artistas?
O DISCO
Já estabelecida como rosto conhecido no começo de 1981, Marina sabia que era o momento de dar seu grande salto também como compositora. Muito mais certa do que queria para seu terceiro álbum (segundo pela Ariola), a ser denominado Certos Acordes, adentrou o estúdio Transamérica do Rio no inverno daquele ano com sua banda base (Piska na guitarra, Paulo Machado no piano elétrico, Pedrão Baldanza no baixo e Sergio Della Monica na bateria), mais participações ocasionais de nomes de peso como Zé Roberto Bertrami (Azymuth) no sintetizador Moog, Rildo Hora na gaita, Ubirajara no bandoneon, Mauro Senise no sax alto, do tecladista Jorjão Barreto e os percussionistas Chacal, Gerson e Nonô.
Das oito faixas de Certos Acordes, uma era reaproveitada: “Avenida Brasil”, incluída no final do lado B na mesma gravação lançada em compacto para a participação de Marina no festival MPB-81, da TV Globo. Produzida e arranjada pela dupla onipresente da época, Robson Jorge & Lincoln Olivetti, e contando com vários músicos da Banda Black Rio, a canção destoa um pouco do clima intimista do restante do LP, mas não chega a desagradar.
As outras sete nasceram das sessões de pré-produção do álbum no apartamento em que Marina morava com os pais no Jardim de Alah, Zona Sul do Rio de Janeiro, ao lado do guitarrista Piska (falecido em 2011, também tocou com Gal Costa, Dalto, Ney Matogrosso e os grupos Casa das Máquinas e Joelho de Porco; mais tarde viraria compositor sertanejo) e do pianista e arranjador Paulo Machado.
Dispensando orquestrações nababescas e arranjos suntuosos que eram regra na MPB da época e descartando seus próprios excessos e maneirismos presentes nos discos anteriores, a musa de Ipanema cometeu enfim um disco que tinha sua cara: leve, jovem, descomplicado, suave como uma brisa de uma tarde de outono nas areias da praia mais badalada do Rio. Ou, em outras palavras, pop.
DEPOIS
Aclamado pela crítica, Certos Acordes ajudou a marcar o nome de Marina junto ao público. Seu sucessor, Desta Vida, Desta Arte, sairia no final de 1982, não tão bem recebido (a própria artista não gostou da mixagem e do resultado final), apesar de ter emplacado “Acho Que Dá” e uma regravação acústica para “Emoções” de Roberto e Erasmo. A consagração viria mesmo com Fullgás, de 1984, que associou de vez a cantora à urbanidade e contemporaneidade que permeariam sua obra ao longo da carreira, até hoje.

Fonte: Outros 1001 Discos

Site oficial: www.marinalima.com.br

Outros discos da cantora já foram publicados aqui no blog (ache eles AQUI).

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