Ira! - Clandestino (1990)


Artista: Ira!
Disco: Clandestino
Ano: 1990
Esta edição: 2015 (Re-Edição em CD no Box '30 Anos')
Gravadora: WEA (Edição original) / Warner Music Brasil (Re-Edição)
Estilo: Rock, Pop Rock
Tempo total: 43:29 (com Faixas Bônus)
Formato:
 MP3 320k (+ scans)

Faixas:
01. Melissa - 2:09
02. Tarde Vazia - 3:44
03. Efeito Bumerangue - 3:03
04. Boneca De Cera - 4:38
05. Cabeças Quentes - 5:18
06. O Dia, A Semana, O Mês - 4:29
07. Patroa - 1:54
08. Consciência Limpa - 4:25
09. Clandestino - 4:52
10. Nasci Em 62 - 2:22
Faixas Bônus:
11. Tarde Vazia (Ao Vivo) - 3:55
12. Should I Stay Or Should I Go (Ao Vivo) - 2:37

Um pouco da história:
Ira! é uma banda brasileira de rock and roll, formada em 1981, na cidade de São Paulo. A banda anunciou seu término em setembro de 2007. Em 2014 a banda anunciou sua volta.

No final dos anos 70, no outono da ditadura militar, Edgard Scandurra, fascinado pelo punk rock e, em busca desse som, ia a shows na periferia da cidade, para trocar informações com o pessoal. Foi então que Edgard e seu amigo Dino Nascimento resolveram montar uma banda que tocasse punk, sem esquecer de Led Zeppelin e Jimi Hendrix. Nascia aí a banda Subúrbio. Hoje crítico musical, Régis Tadeu foi integrante da banda como baterista . Nessa época, Edgard estudava no Colégio Brasílio Machado, onde volta e meia topava com um sujeito esquisito chamado Marcos Valadão Rodolfo, de apelido Nasi. Mesmo sem conhecê-lo, Edgard sentia simpatia pelo modo com que ele se vestia, e num desses encontros os dois acabaram se conhecendo, e ficando amigos.

Mais tarde, Edgard chamou o Nasi para participar do Subúrbio, no festihits do Ira!. Em 1980, Edgard foi convocado para servir o exército, e foi lá onde Edgard iria compor N.B. ("Núcleo Base"), que por sua vez também viraria um grande hit do Ira!.

Em 1981, Nasi chamaria o amigo Edgard para tocar num show na PUC-SP e ali surgiria o Ira, ainda sem o ponto de exclamação. Completavam a formação o baterista Fabio Scattone e o baixista Adilson Fajardo.

Embora muitos acreditem que o nome "Ira" fosse inspirado no Exército Republicano Irlandês, ele nada mais do que remete ao sentimento de ira. Como houve muitos enganos sobre o nome, foi incrementado um ponto de exclamação na tentativa de acabar com outras interpretações, alterando, assim, para "Ira!".

Dois anos se passaram até que o produtor Pena Schmidt descobriu a banda, nessa época contando com Charles Gavin (que viria a se tornar membro dos Titãs) na bateria e Dino (companheiro da antiga banda Subúrbio) no contrabaixo, e os levou até a gravadora Warner, onde o Ira! gravaria seu primeiro compacto, IRA, que contava com as faixas "Gritos na Multidão" e "Pobre Paulista".


Clandestino é um álbum da banda brasileira Ira!, lançado em 1990 pela WEA.

Lançado na época do Plano Collor, o quarto disco do Ira! deflagra um período de crise criativa reconhecida pelos próprio integrantes. "Foi um disco burocrático, gravado por uma banda aos pedaços", declarou Edgard Scandurra a Ricardo Alexandre sobre o que ele achava de Clandestino, em reportagem sobre a banda para a revista ShowBizz em dezembro de 1999.

A escassez de material novo, ocorrida muito por conta do primeiro disco-solo de Edgard, Amigos Invisíveis, pressionou a banda a resgatar canções compostas mesmo antes do lançamento de Mudança de Comportamento (em 1985), sendo o caso de "O Dia, A Semana, O Mês" (1984), de "Nasci em 62" (1980) e da faixa-título, escrita pelo guitarrista ainda na época do grupo Subúrbio (o "embrião" do Ira!), em 1979. Uma outra canção antiga resgatada, mas nesse caso composta posteriormente ao primeiro disco, foi "Cabeças Quentes", escrita quatro anos antes do lançamento de Clandestino.

O LP, gravado entre outubro de 1989 e fevereiro de 1990, traz como convidado especial o ator Paulo Villaça, conhecido pelo papel do protagonista do filme O Bandido da Luz Vermelha (inspirado na trajetória do delinquente João Acácio Pereira da Costa, o famoso Bandido da Luz Vermelha), de Rogério Sganzerla, que já havia servido de inspiração para o álbum anterior, Psicoacústica. Tal como no disco de 1988, o Ira! procurou explorar outros estilos musicais em Clandestino. "Melissa", pela forma de cantar de Nasi e pela presença do berimbau no arranjo, tem influências de músicas utilizadas em rodas de capoeira. "Cabeças Quentes", por sua vez, incorpora elementos de samba, que dá lugar a um som mais próximo do hard rock a partir do quarto minuto (de cinco minutos e dezoito segundos totais) de duração.

Os samplers, muito utilizados em Psicoacústica, reaparecem neste álbum. A música-título traz um trecho do último discurso do presidente chileno Salvador Allende, proferido no mesmo dia de sua morte, em 11 de setembro de 1973. Nasi extraiu esse áudio do documentário brasileiro "No", que tratava do plebiscito chileno de 1989. Na introdução de "Nasci em 62", foi embutida a famosa abertura do radiojornal "Repórter Esso".

Lançamento e recepção
À época de seu lançamento, Clandestino não teve um bom desempenho comercial, apesar da execução radiofônica razoável da balada "Tarde Vazia". As vendagens estacionaram na faixa de 30 mil cópias. A crítica se dividiu em sua recepção. Na Folha de S. Paulo, Luís Antônio Giron elogiou o disco: "O novo disco do Ira! responde ao desafio do tempo com musicalidade despida de proselitismo fácil ou de laboratórios sonoros estrambóticos. Privilegia a trama sonora de bateria, baixo, solos de guitarra encadeados com violões e vozes. Valoriza as letras simples e os refrões, o rock'n'roll, a balada e a discreta fusão samba-rock. [...] Clandestino é um álbum possível de ser ouvido com prazer, algo cada vez mais difícil no rock feito no Brasil." A revista Veja também recebeu bem o álbum: "As crônicas urbanas em ritmo de rock que são a marca registrada do quarteto paulistano Ira! atingem sua forma mais bem acabada em Clandestino, [...]. O forte do disco são os arranjos enxutos alimentados pela cachoeira de idéias musicais que brota da guitarra de Edgard Scandurra, em grande forma, autor de todas as faixas."

Por outro lado, André Forastieri, na revista Bizz, considerou o LP "excruciantemente chato, o pior disco da banda, sem os ocasionais elementos redentores de seus antecessores e com todos os defeitos". No livro BRock - O rock brasileiro dos anos 80, de 1995, Arthur Dapieve também apontou aspectos negativos no quarto trabalho do Ira!, apesar de fazer algumas ressalvas ao repertório: "Se, mesmo registrado em sessões separadas, o instrumental de Edgard, Gaspa e Jung continuava fino, o mesmo não se podia dizer das constrangedoras letras [...] e dos instáveis vocais de Nasi (o ponto fraco do quarteto). Ainda assim, apesar de todos esses desencontros, o disco alcançava bons momentos em 'Melissa', 'Nasci em 62', 'Cabeças Quentes' e 'Consciência Limpa'."

Curiosidades
Pouco após o lançamento de Clandestino, o Ira! planejava a gravação de um álbum ao vivo duplo (segundo André Jung, em entrevista à Bizz em junho de 1990, cogitava-se a inclusão de dezoito músicas) no final de 1990. O projeto não foi adiante, e acabaria sendo compensado dez anos depois, em 2000, quando o grupo lançou seu CD pela série MTV Ao Vivo.
Na contracapa do LP original (e igualmente nas contracapas das edições em CD), a música "Consciência Limpa" teve seu nome grafado incorretamente como "Conciência Limpa".
O disco tem dedicatória ao músico Pedro Gil, filho de Gilberto Gil, morto após sofrer um acidente automobilístico no começo de 1990.
A Canção "Cabeças Quentes" conta com uma incursão aos 03:40 do refrão da música "Roadhouse Blues" da banda estadunidense "The Doors".

Fonte: Wikipedia

Site oficial: www.iraoficial.com

Outros discos da banda já foram publicados aqui no blog (ache eles AQUI).

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