RPM - Paulo Ricardo & RPM (1993)


Artista: RPM
Disco: Paulo Ricardo & RPM
Ano: 1993
Esta edição: 1993 (Edição original)
Gravadora: PolyGram (Edição original)
Estilo: Rock Alternativo, Pop Rock
Tempo total: 54:19
Formato: MP3 320k (+ capas)

Faixas:
01. Pérola - 4:41
02. Gênese - 5:10
03. Veneno - 4:19
04. Surfista Prateado - 4:23
05. O Fim - 5:52
06. Outro Lado - 4:53
07. Hora Do Brasil - 4:08
08. Eclipse - 4:39
09. Ninfa - 3:50
10. Trem - 2:52
11. Vírus - 4:06
12. Falsos Oasis - 5:21

Um pouco da história:
RPM é uma banda de rock brasileira surgida em 1983, tendo sido uma das mais populares do país nos anos de 1984 a 1987. Foi uma das bandas mais bem sucedidas da história da música brasileira. Na segunda metade dos anos 80, conseguiram bater todos os recordes de vendagens da industria fonográfica brasileira. A visão crítica e bagagem cultural do letrista Paulo Ricardo foi um argumento de marketing na vendagem dos discos da banda. A banda vendeu mais de 5 milhões de discos em sua carreira.

Tudo começou em 1980, em São Paulo, quando Paulo Ricardo namorava Eloá, que morava em frente à casa onde Luiz Schiavon ensaiava com May East. O casal resolveu um dia visitar os vizinhos, que estavam num ensaio crucial que decidiam entre cantar em inglês ou português. Paulo Ricardo deu seu voto, opinando pelas letras em português e assim conheceu Luiz Schiavon. Neste dia conversaram muito sobre música. Paulo estava começando sua carreira como crítico musical e Schiavon era um pianista clássico, que buscava um novo caminho, mais popular, mas sentiu dificuldade em encontrar alguém. Foi assim que Paulo recebeu o convite para integrar o "Aura", uma banda de jazz-rock que ainda tinha Paulinho Valenza na bateria e o curitibano Edu Coelho na guitarra. Depois de três anos de ensaios e nenhum show, Luiz encantou-se pela música eletrônica e pela tecnologia de novos sintetizadores, enquanto Paulo decidiu morar na Europa – primeiro na França e depois em Londres, de onde escrevia sobre novidades musicais para a revista Somtrês e se correspondia com freqüência com Schiavon. Este choque de personalidades impulsionou a criação do RPM depois que o trabalho da dupla foi retomado em fins de 1983, já em São Paulo.

Juntos, criaram as primeiras canções. As primeiras foram "Olhar 43", "A Cruz e A Espada" e a música que batizara a banda que ali nascia: "Revoluções por Minuto". Gravaram uma fita demo destas canções com uma bateria eletrônica e encaminharam à gravadora CBS, que considerou-as ambíguas e difíceis de tocar nas rádios.


O RPM encerrou suas atividades por primeira vez em 1989, depois da crise interna e não soube lidar com o sucesso.

"Não tínhamos mais condições de operar. Por mais caótica, a decisão foi acertada. Eu e o (tecladista Luiz) Schiavon fazíamos as composições e as 'demos'.

Com o sucesso, Nando (Fernando Deluqui, guitarrista) e P.A. (baterista) quiseram interferir, o que é normal. Isso aconteceu no álbum “Quatro Coiotes”, que tem um resultado psicodélico, que não era exatamente a cara do RPM. Nos sentíamos incapazes de controlar as rédeas da gravadora.

Em 1989, Paulo Ricardo lançou seu primeiro disco solo, autointitulado. Na sequência, saiu "Psico Trópico" (1991). Ambos os registros contaram com Fernando Deluqui na guitarra. Em 1993, Paulo Ricardo e Deluqui tomaram uma decisão ousada: reformaram o RPM sem dois de seus integrantes clássicos, Luiz Schiavon e P.A. Pagni.


As vagas foram ocupadas por Franco Junior nos teclados e Marquinho Costa na bateria.

Schiavon entrou na Justiça contra o uso do nome RPM, então, a nova versão da banda foi chamada de Paulo Ricardo & RPM. Não acabou tão estranho, pois tratava-se, basicamente, de uma banda solo de Ricardo com Fernando Deluqui.

O disco dessa reunião também foi intitulado de "Paulo Ricardo & RPM" e chegou a público em 1993. E, musicalmente, o registro surpreende.

Sem a influência direta de Luiz Schiavon nas composições, a guitarra de Deluqui, enfim, apareceu mais. Com mais atenção às seis cordas, o álbum ganhou uma pegada mais hard rock, com referências e conexões ao som mais sóbrio que era praticado no início da década de 1990. Faixas como "Trem" e "Pérola" refletem o destaque ao instrumento.

Paulo Ricardo também apresenta suas credenciais como letrista de forma mais impositiva. As temáticas são mais inteligentes e, por vezes, trazem críticas a questões sociais. As construções dos versos também soam melhores, como é possível notar em canções como "O fim" e "Hora do Brasil".

Os outros dois músicos fazem seu trabalho sem tanto destaque. Marquinho Costa acompanha bem na bateria, enquanto Franco Junior é responsável por dar um papel mais secundário aos teclados, que aparecem bem pouco e de forma mais ambientada, como na soturna "Gênese" e na já citada "O fim", que segue a veia classic rock.

Mesmo com uma turnê de divulgação que atravessou os anos de 1993 e 1994 - com direito a shows de abertura para a turnê do INXS e Soul Asylum na América do Sul -, "Paulo Ricardo & RPM" não obteve vendas tão boas. Estima-se que 60 mil cópias tenham sido comercializadas naquele período. Parte do impulso mercadológico veio com o acréscimo da música "Gênese" à trilha sonora da novela "Olho no olho", da TV Globo.

Ainda assim, a ideia era continuar com a nova formação. Outro registro, que seria intitulado "Noturno", chegou a ser gravado pela banda. Contudo, o álbum nunca foi lançado, visto que o simples uso do nome RPM já vinha causando problemas entre Paulo Ricardo e Luiz Schiavon.

 O RPM encerrou suas atividades em 1994 e Paulo Ricardo voltou a se dedicar à carreira solo - com direito a uma curiosa investida na música romântica, nos mesmos passos de Roberto Carlos, só que sem o mesmo êxito. A banda se reuniu novamente entre 2001 e 2003 e retomou as atividades, em definitivo, no ano de 2011.

O voo semisolo de Paulo Ricardo sob a alcunha RPM, por sua vez, não parece ser reconhecido como um disco oficial da banda. O álbum de 1993 chegou a ficar de fora do box "Revolução - RPM 25 anos" e suas músicas não foram mais tocadas nos shows. Já o disco pensado para ser lançado entre 1994 e 1995 jamais chegou à luz do dia. Uma pena.

Fonte: Wikipedia & RPM Banda

Outros discos da banda já foram publicados aqui no blog (ache eles AQUI).

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