Artista: Stan Getz & João Gilberto
Disco: Getz/GilbertoAno: 1964
Esta edição: 1994 (Re-edição em CD na série 'Original Master Recording')
Gravadora: Verve (Edição original) / Ultradisc (Esta Re-edição)
Estilo: Bossa Nova, Samba
Tempo total: 33:43
Formato: MP3 320k (+ scans)
Faixas:
01. The Girl From Ipanema - 5:18
02. Doralice - 2:48
03. Para Machuchar Meu Coração - 5:09
04. Desafinado - 4:09
05. Corcovado - 4:18
06. Só Danço Samba - 3:34
07. O Grande Amor - 5:30
08. Vivo Sonhando - 2:54
Um pouco da história:
João Gilberto Prado Pereira de Oliveira (Juazeiro, 10 de junho de 1931), conhecido como João Gilberto, é um cantor, violonista e compositor brasileiro. Tido como o pioneiro criador da bossa nova, é considerado um gênio e uma lenda viva da música popular brasileira. Foi eleito pela revista Rolling Stone Brasil o 2º maior artista brasileiro de todos os tempos, atrás somente de Tom Jobim.
Desde o lançamento do compacto que continha Chega de Saudade e Bim Bom, munido apenas da voz e do violão, começou uma revolução na música brasileira e na música mundial. Dono de uma sonoridade original e moderna, João Gilberto foi o artista que levou a música popular brasileira ao mundo, principalmente para os Estados Unidos, Europa e Japão. Tido como um dos maiores influentes do jazz americano no século XX, ganhou prêmios importantes nos Estados Unidos e na Europa, como o Grammy, em meio à beatlemania.
Filho de Juveniano Domingos de Oliveira, um próspero comerciante, e Martinha do Prado Pereira de Oliveira, João, conhecido na época como Joãozinho da Patu, nasceu em Juazeiro, sertão da Bahia, nas margens do Rio São Francisco. Lá, viveu na cidade até 1942, quando passou a estudar em Aracaju, Sergipe, sempre tocando na banda escolar[4]. Em 1946, voltou a Juazeiro, onde teve a oportunidade de escutar de Orlando Silva, Dorival Caymmi e Carmen Miranda a até Duke Ellington, Tommy Dorsey e Charles Trenet nos alto-falantes da cidade. Teve também contato com música em casa, já que seu Juveniano tocava cavaquinho e saxofone como amador, além de incentivar financeiramente a Banda de Música 22 de Março. Nessa época, João costumava formar conjuntos vocais com os colegas de escola.
Aos sete anos, percebeu um erro na execução da organista da igreja em meio às dezenas de vozes do coro, mostrando, desde a infância, o ouvido privilegiado que possuía. Aos 14 anos, ganhou seu primeiro violão do pai. Ainda em Juazeiro, formou um conjunto vocal chamado Enamorados do Ritmo. Seu maior ídolo na época era Orlando Silva, em quem se espelhava para cantar. Começou, aos 18 anos, em Salvador, a vida de artista no cast da Rádio Sociedade da Bahia, aonde chegou a gravar com orquestra.
Chegando ao Rio de Janeiro, em 1957, João, com 26 anos, procurou mostrar sua nova técnica aos músicos e, quem sabe, conseguir gravar. Apresentou-se para vários músicos, intrigando alguns, entre eles Tito Madi e Edinho, do Trio Irakitan, mas encontrou seu caminho ao se apresentar para Roberto Menescal, em história já conhecida e consagrada. Em meio a uma grande festa, Menescal abre a porta para um sujeito que pede um violão. Surpreso com o pedido e diante de insistência, Roberto Menescal acaba por levar aquele que era João Gilberto para o quarto. Lá, João apresenta "Bim Bom" e encanta o jovem Menescal, que foge da festa dos pais e parte para uma pequena turnê pelo Rio de Janeiro, apresentando a nova batida para gente como Ronaldo Bôscoli e em lugares como o apartamento de Nara Leão[9]. João explicou algumas de suas novas técnicas a Menescal e Bôscoli: a mão direita tocava acordes, e não notas, produzindo harmonia e ritmo ao mesmo tempo. Além disso, utilizava-se de técnicas de respiração de ioga, o que lhe permitiu alongar frases melódicas sem perder o fôlego.
Nessa época, João se apresentou na casa de Chico Pereira, que gravou a apresentação em um gravador Grundig. Essa gravação, adquirida de japoneses por um fã sueco e remasterizada por um engenheiro de som francês caiu na internet em 2009, causando grande reboliço em blogs dedicados à música e em fãs de bossa nova. Chico ainda ajudou João a se aproximar de Tom Jobim, que trabalhava na gravadora Odeon, para gravar um disco. Ele se encantou principalmente com o violão de João, vendo ali uma oportunidade de modernização do samba, através da simplificação do ritmo e da inclusão de novas harmonias, principalmente algo mais funcional, modalismo, criando liberdade para os arranjos. Entusiasmado, Tom apresenta a João uma nova composição que fizera há um ano com o poeta Vinicius de Moraes, mas que estava encostada, chamada Chega de Saudade.
Existem registros de fitas gravadas de forma amadora também pelo cantor Luís Cláudio.
João passou a ficar conhecido no meio musical carioca. Chegou a tocar junto de Severino Filho e Badeco, dos Cariocas, Chaim e João Donato, com quem compôs Minha Saudade, que logo se tornou um standard do período. João tocava regularmente na boate do hotel Plaza, que começou a ser ponto de encontro de músicos. Lá, João tocava junto de Milton Banana, que adequou sua bateria ao estilo de João, tocando baixo, com uma escova e a baqueta no aro da caixa. Tom Jobim era assíduo frequentador da boate, aonde ia para escutar João Gilberto.
Nos dias 18 e 19 de março de 1963, na A&R Studios, em Nova Iorque, João se juntou a Stan Getz, Astrud Gilberto, Tom Jobim, Milton Banana e Tião Neto para gravar o disco Getz/Gilberto, produzido por Creed Taylor para a gravadora Verve, tendo, como engenheiro de som, Phil Ramone, que entrou para a história da música mundial por gravações como "Corcovado" e "Garota de Ipanema". O disco, entretanto, ficou um ano esperando para ser lançado, devido à saturação de lançamentos de bossa nova nos Estados Unidos.
Tião Neto chegou a dizer, antes do lançamento, que esse seria o melhor disco de bossa nova gravado até então.
Ainda nesse ano, João foi homenageado por diversos jazzistas e pelo cantor Jon Hendricks, que gravou o disco Salud! João Gilberto – Originator of the Bossa Nova e, ao escutar as gravações de João, teve uma grande lição de canto. Também apresentou-se com Getz no Canadá.
Um ano depois da gravação, 1964, é lançado Getz/Gilberto no mercado. O sucesso é imediato. Logo começa a ser louvado por críticos, músicos de jazz e aclamado pelo público, que faz dele o segundo álbum mais vendido do ano. Em 1965, o disco concorreu em nove categorias e venceu 4 prêmios Grammy. Os troféus recebidos foram: Melhor Álbum do Ano (com as estatuetas concedidas a Stan Getz, João Gilberto e ao produtor Creed Taylor); Melhor Gravação do Ano, concedido a Astrud Gilberto e Stan Getz pela gravação da música The Girl from Ipanema; Melhor Solista de Jazz (Stan Getz) e Melhor Engenharia de Som (para Phil Ramone), com Garota de Ipanema.
É aclamado como bossa nova verdadeira e é best-seller durante anos, nos Estados Unidos e mundialmente. Atinge as paradas de sucesso na Itália, onde João recebe o mais importante prêmio da crítica musical italiana, por unanimidade.
A gravação de Garota de Ipanema chega a ser o single mais tocado nas rádios americanas.
Na cultura popular, João Gilberto é um ícone. Recebeu diversas homenagens na música, tanto em âmbito nacional quanto internacional. Tony Bennett se diz um grande fã seu. É requisitado para trilhas sonoras de filmes e produções de tv nacionais e internacionais. Recentemente, um autor alemão publicou um livro tendo João como personagem. É tema de um documentário sobre o processo com a EMI. Sua figura é tão misteriosa que um perfil fake criado no Facebook conseguiu enganar até mesmo artistas e jornalistas famosos, fato desmentido pelo site oficial do artista.
Desde 1995 João mora em um apartamento na rua Carlos Góes, no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro e em 2015 passou a ocupar também uma suíte no Copacabana Palace. Dificilmente sai e não recebe visitas, exceto da sua filha Bebel e de sua empresária, Cláudia Faissol, mãe de Luísa, a filha mais nova. Mesmo morando no hotel, ele continua fiel a antigos hábitos. "Pelo menos três vezes por semana ainda pede comida aqui", diz Sebastião Alves, há 40 anos gerente do restaurante Degrau, no Leblon.
No entanto, enfrentando um processo de despejo por conta de pagamentos atrasados, João Gilberto deixou o apartamento em que morava, no Leblon, na zona sul do Rio. O músico foi levado para um imóvel cedido por uma amiga da família. Aos 86 anos, ele vive numa situação de fragilidade física e mental, agravada pela condição de miserabilidade financeira, relatou, no dia 2 de maio de 2018, a advogada de sua filha Bebel Gilberto, Simone Kamenetz.
Fonte: Wikipedia
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