Geraldo Azevedo - Geraldo Azevedo (1977)


Artista: Geraldo Azevedo
Disco: Geraldo Azevedo
Ano: 1977
Esta edição: 2003 (Re-Edição em CD)
Gravadora: Som Livre (Edição original e esta Re-Edição)
Estilo: Folk, Folk Psicodélico
Tempo total: 34:52
Formato: MP3 320k (+ scans)

Faixas:
01. Cadê Meu Carnaval - 3:45
02. Pout-Pourri Correnteza - 7:59
03. Domingo De Pedra E Cal - 4:27
04. Em Copacabana - 4:40
05. Cravo Vermelho - 3:40
06. Fulô Do Dia - 3:41
07. Juritis E Borboletas - 3:35
08. Coração Do Agreste (Sobre Texto De Pissica) - 3:01

Um pouco da história:
Geraldo Azevedo de Amorim (Petrolina, 11 de janeiro de 1945) é um compositor, cantor e violonista brasileiro.

Conhecido por sucessos como ‘Dia Branco’, ‘Táxi Lunar’ e ‘Dona da Minha Cabeça’, e por importantes parcerias com Zé Ramalho, Alceu Valença e Elba Ramalho, Geraldo é um dos maiores artistas da música popular brasileira, de forte expressão e contribuição para a música nordestina, unindo ritmos como frevo, forró, xote, maracatu e baião em suas canções. Exímio violonista autodidata, aos cinco anos de idade ganhou o seu primeiro violão.

Geraldo Azevedo de Amorim nasceu em Petrolina, Pernambuco, no bairro Jatobá (então zona rural da cidade), à beira do Rio São Francisco. Conviveu com a música desde os seus primeiros anos de vida: sua mãe, Dona Nenzinha, professora, cantava e promovia eventos culturais na escola que funcionava em sua própria casa; nestes eventos, aos quatro anos de idade, Geraldo já cantava e se apresentava.

Aos cinco anos de idade, ganhou seu primeiro violão (confeccionado pelo pai, José Amorim) e inspirado pela família, arrisca os primeiros acordes. Mais tarde, na adolescência, com o surgimento da bossa nova, Geraldo encanta-se pela música de João Gilberto, e passa a estudar violão com mais afinco, chegando a frequentar bailes apenas para observar e aprender novas harmonias com os músicos.

Sua carreira musical inicia-se ainda em Petrolina, quando é convidado para trabalhar com Reinaldo Belo em um programa de rock na difusora da cidade. Logo é criada a primeira rádio de Petrolina, Emissora Rural “A Voz do São Francisco”, onde Geraldo é convidado para apresentar o programa “Por Falar em Bossa Nova”; anos depois, é chamado para integrar o grupo Sambossa.

A fim de cursar o ensino superior, muda-se para Recife e prepara-se para o vestibular de Arquitetura; trabalha como projetista e participa de projetos arquitetônicos tradicionais da capital de Pernambuco. No entanto, não chega a concluir os estudos, pois a música ganha cada vez mais espaço na sua vida.

Cedo conhece Naná Vasconcelos, Teca Calazans e Paulo Guimarães, passando a integrar o grupo Construção. Toca nas noites de Recife, em universidades e espaços culturais. Foi na capital onde ganhou seu primeiro violão profissional, presente de um grupo de estudantes.

Em 1965, funda o grupo Raiz, baseado nas artes teatrais, literárias e musicais. Conhece um dos seus mais importantes parceiros, o compositor e produtor Carlos Fernando, e trabalha na produção musical das peças de Emilio Borba Filho, no Teatro Popular do Nordeste, onde faz melodias para os poemas dos espetáculos. Nos finais de semana, tratava de animar o Bar Aroeira, apresentando cirandeiros e bandas de pífano ao quadro cultural de Recife. Ainda com o grupo Raiz, é convidado para um programa quinzenal na TV Jornal do Commercio (Canal 2); Geraldo apresenta o quadro “Chegou a Vez”. Conhece Eliana Pittman, cantora e atriz que, na época, acompanhava o seu pai, o clarinetista Booker Pittman.

Em 1966, compõe ‘Aquela Rosa’, sua primeira composição completa, em parceira com Carlos Fernando; a música é gravada por Teca Calazans e inscrita no Festival de Música Popular do Nordeste, tornando-se a canção vencedora. Em 1967, Geraldo assume a direção musical do 2º Festival de Música do Nordeste e é considerado um dos melhores violonistas da época.

Neste mesmo ano, é convidado por Eliana Pittman para acompanhá-la em seu primeiro show solo, já que o pai da cantora encontrava-se impossibilitado de continuar sua carreira. Geraldo resiste, mas com a insistência dos amigos, acaba aceitando e mudando para o Rio de Janeiro, onde acompanha e integra a banda do show “Eliana em tom maior”.

Muda-se para o Rio de Janeiro e acompanha Eliana Pittman, tendo a oportunidade de fazer uma participação especial solo durante o show, enquanto a cantora trocava o figurino. Segue com Eliana durante a turnê de seu segundo show “É Preciso Cantar”, ao lado de músicos como Marcos Vinicius de Andrade, Antônio Adolfo, Novelli e Victor Manga.

Terminada a turnê, Geraldo une-se aos amigos Naná Vasconcelos, Nelson Ângelo e Franklin da Flauta, recém-chegados de Recife, e formam o Quarteto Livre, acompanhando Geraldo Vandré nos seus shows. Na época, o país vivia a ditadura militar e os músicos sofriam constantes perseguições. Durante o tempo que excursionou pelo Brasil com Geraldo Vandré, Geraldo compôs a ‘Canção da Despedida’ com o mesmo; porém, devido às perseguições sofridas, Vandré foge do país e termina a composição no exílio.

Com a dissolução do grupo e perseguições políticas, Geraldo participa de reuniões clandestinas no Teatro Gláucio Gil, ao lado de muitos artistas, e conhece Glauber Rocha, Caetano Veloso, Walter Lima Júnior, entre outros; ele fica responsável por colher assinaturas para o manifesto contra a censura.

Porém, em 1969, os militares invadem o apartamento onde Geraldo morava com a esposa e um casal de amigos, levando-os presos. Geraldo passa 40 dias na prisão, onde é duramente torturado. Sua esposa, Vitória, fica 80 dias na prisão. Após ser solto, Geraldo volta a trabalhar como projetista na Montreal Engenharia, e chega a desenhar para alguns jornais de protesto contra o regime militar da época.


Com a chegada de Alceu Valença ao Rio de Janeiro, Geraldo retorna aos poucos à vida musical. Já conhecidos de Recife, os dois voltam a se encontrar e, a convite de Geraldo, Alceu aparece na primeira hora da manhã na porta da casa do amigo; naquele mesmo dia, compuseram sua primeira música juntos, ‘Talismã’, censurada pela ditadura. Participam juntos do IV Festival Universitário da MPB com as canções ‘78 Rotações’ e ‘Planetário’, e do Festival Internacional da Canção com ‘Papagaio do Futuro’, ao lado de Jackson do Pandeiro.

A apresentação chamou a atenção dos produtores da gravadora Copacabana; os dois recebem o convite para gravarem o primeiro disco da dupla, chamado de “Alceu Valença & Geraldo Azevedo” (1972), popularmente conhecido como ‘Quadrafônico’, pois foi o primeiro LP gravado na tecnologia quadrafônica. Com influência da psicodelia, o disco apresenta os sucessos ‘Novena’ (Geraldo Azevedo/Marcus Vinicius) e ‘Talismã’ (Alceu Valença/Geraldo Azevedo).

Apesar da gravação do disco como dupla, os artistas seguiram carreira solo e, em 1974, Geraldo compõe ‘Caravana’ (Alceu Valença/Geraldo Azevedo), a qual faz parte da trilha sonora da novela “Gabriela Cravo e Canela”, da TV Globo.

Ainda em 74, é preso novamente pela ditadura militar; a sua esposa Vitória foi levada, grávida de seu segundo filho, à prisão, e obrigada a ouvir os gritos de tortura do seu marido. Ela logo foi solta; Geraldo passou dias na solitária e foi duramente maltratado. Em um dos interrogatórios, duvidam sobre sua carreira musical e o colocam para tocar violão; a música, então, salva Geraldo das torturas, pois ele era forçado a tocar e cantar para os torturadores até sua soltura.

Estando em liberdade, trabalha na direção musical da peça “Lampião no Inferno”, de Luiz Mendonça, e conhece Elba Ramalho. Compõe para a TV: as músicas ‘Malaksuma’ e ‘Juritis e Borboletas’ (Carlos Fernando/Geraldo Azevedo) entram na trilha sonora da novela “Saramandaia”; escreve ‘Arraial dos Tucanos’ (Carlos Fernando/Geraldo Azevedo); ‘O Menino e os Carneiros’ (Carlos Fernando/Geraldo Azevedo) faz parte da trilha da novela “Sinhazinha Flô”; todas as novelas da TV Globo.

Em 1977, lança o seu primeiro disco solo, “Geraldo Azevedo”, pela gravadora Som Livre, que traz os sucessos ‘Caravana’, ‘Barcarola do São Francisco’ e ‘Talismã’.

Fonte: Wikipedia

Site oficial: www.geraldoazevedo.com.br

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