Wilson Simonal - Vou Deixar Cair... (1966)


Artista: Wilson Simonal
Disco: Vou Deixar Cair...
Ano: 1966
Esta edição: 2004 (Re-edição em CD em Box Set 2 discos em 1 CD)
Gravadora: Odeon (Edição original) / EMI (Esta edição)
Estilo: Bossa Nova, Samba
Tempo total: 31:57
Formato: MP3 320k (+ scans)

Faixas:
01. Vento De Maio - 1:52
02. Meu Limão, Meu Limoeiro - 3:08
03. Carango - 2:49
04. Minha Namorada - 4:08
05. Sem Você Eu Não Vivo - 2:39
06. Enxugue Os Olhos - 3:14
07. Maira - 2:43
08. A Formiga E O Elefante - 2:30
09. Mamãe Passou Açúcar Em Mim - 1:33
10. Franqueza - 2:49
11. Tem Dó - 2:15
12. Samba Do Mug - 2:13

Um pouco da história:
Wilson Simonal de Castro (Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 1938 — São Paulo, 25 de junho de 2000) foi um cantor brasileiro de muito sucesso nas décadas de 1960 e 1970, chegando a comandar um programa na TV Tupi, Spotlight, e dois programas na TV Record, Show em Si... Monal e Vamos S'imbora, e a assinar o que foi considerado na época o maior contrato de publicidade de um artista brasileiro, com a empresa anglo-holandesa Shell.

Cantor detentor de esmerada técnica e qualidade vocal, Simonal viu sua carreira entrar em declínio após o episódio no qual teve seu nome associado ao DOPS, envolvendo a tortura de seu contador Raphael Viviani. O cantor acabaria sendo processado e condenado por extorsão mediante sequestro, sendo que, no curso deste processo, redigiu um documento dizendo-se delator, o que acabou levando-o ao ostracismo e a condição de pária da música popular brasileira.

Seus principais sucessos são "Balanço Zona Sul", "Lobo Bobo", "Mamãe Passou Açúcar em Mim", "Nem Vem Que não Tem", "Tributo a Martin Luther King", "Sá Marina" (que chegou a ser regravada por Sérgio Mendes e Stevie Wonder, como "Pretty World"1 ), "País Tropical", de Jorge Ben, que seria seu maior êxito comercial, e "A Vida É Só pra Cantar". Simonal teve uma filha, Patrícia, e dois filhos, também músicos, Wilson Simoninha e Max de Castro.

Em 2012, Wilson Simonal foi eleito o quarto melhor cantor brasileiro de todos os tempos pela revista Rolling Stone Brasil.


Em janeiro de 1966, acabou o contrato de Simonal com a TV Tupi e ele não queria renová-lo. Ao invés disso, assinou com a TV Record que era o maior canal de TV brasileiro desde 1965, graças aos seus programas musicais, em especial O Fino da Bossa, comandado por Elis Regina e Jair Rodrigues e que era o reduto da Bossa Nova e da canção de protesto, e ao programa Jovem Guarda, comandado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa e propagador do iê-iê-iê. Logo no início, Simonal já passou a ser uma atração fixa no programa de Elis e Jair Rodrigues, mas participava também do programa dos jovem guardistas, algo que só ele e Jorge Ben faziam.

Neste ano, lançou mais dois compactos em abril e maio de 1966, sendo que o segundo, "Mamãe Passou Açúcar em Mim", gravado para a trilha sonora do primeiro filme d'Trapalhões (Na Onda do Iê-iê-iê) e com a banda The Fevers acompanhando o cantor, estourou nas rádios e foi o maior sucesso de Simonal até então. Na onda desse novo sucesso, em agosto de 1966, Simonal firma uma parceria com o Som Três, formado por Toninho na bateria, Sabá no baixo e César Camargo Mariano no piano, para que o grupo o acompanhasse na carreira solo e no seu futuro programa que deveria estrear ainda aquele ano. A ideia de Simonal e César Camargo Mariano era misturar bossa nova, samba, a nascente música soul americana, o jazz, a música de protesto e o rock que se fazia por aqui na época sem perder a qualidade, mas fazendo um som que eles definiam como "mais comunicativo", isto é, que se comunicasse melhor com as massas do que a bossa nova. Este novo som seria chamado futuramente de pilantragem, uma mistura de samba, iê-iê-iê e soul, constituindo-se em verdadeiro movimento, capitaneado por Wilson Simonal, Carlos Imperial e Nonato Buzar.

“Algo que mantivesse a qualidade musical dele, a nossa, que estivesse dentro do espírito musical da época, mas que fosse algo evidentemente mais popular. E nem era "popular" o termo que a gente usava, era "comunicativo". Isso se transformou em um desejo legítimo nosso. Trabalhávamos o tempo todo em cima desse conceito. Era comum que nos trancássemos os quatro e passássemos dias bolando os arranjos, elaborando cada detalhe do repertório, buscando essa união do bom gosto com a comunicação imediata.”

Assim, Simonal e o Som Três gravaram juntos pela primeira vez em 2 de fevereiro de 1966, numa rápida viagem ao Rio de Janeiro, a música "Carango" de Carlos Imperial e Nonato Buzar, que já havia sido gravada por Erasmo Carlos. A canção fez ainda mais sucesso que "Mamãe Passou Açúcar em Mim", como que garantindo que estavam na trilha correta. Estes nove meses nos quais Simonal trabalhou na Record sem programa próprio serviram para que ele adquirisse experiência e ensaiasse com o seu conjunto. E às 20h20m do dia 20 de outubro de 1966, estreou o seu programa "Show em Si... Monal", tendo entre os seus roteiristas Miele, Bôscoli, Carlos Imperial e Jô Soares. Nos intervalos do programa que, como era gravado, precisava, de quando em quando, parar para as trocas das fitas de rolo, Simonal entretinha o público com piadas, imitações e algumas músicas despretensiosas. Foi assim que surgiu a ideia de gravar "Meu Limão, meu Limoeiro" que, já sendo "sucesso" nos intervalos do programa, sairia no álbum Vou Deixar Cair, o quinto de Simonal. Este disco, que saiu em novembro de 1966, já começava a explorar a ideia da pilantragem, recorrendo a uma mistura de compositores e estilos, tudo "amalgamado" pelos arranjos de César Camargo Mariano. Ou, nas palavras de Sabá em depoimento para o jornalista Ricardo Alexandre, era algo que "não era iê-iê-iê, não era bossa-nova, não era canção de protesto, não era jazz, mas era tudo isso e era algo completamente diferente". Em setembro defendeu "Querendo Ficar", composição de Johnny Alf, no primeiro festival da Record, e em outubro defendeu, juntamente com o MPB4, "Maria", de Francis Hime e Vinicius de Moraes, no Primeiro Festival Internacional da Canção.

Capítulo singelo na história não só de Simonal como também da música popular brasileira é a campanha ou happening do Mug. Mug era um boneco de "pano preto, redondo e sem pescoço, com os olhos esbugalhados, cabelos vermelhos e calça xadrez ao estilo escocês, que virou febre ao ser vendido como amuleto da sorte para o Ano-Novo de 1967". Os mais variados artistas e personalidades participaram da campanha, como o Zimbo Trio, Chico Buarque, Ari Toledo, Hebe Camargo e Maurício de Sousa, além, é claro, de Simonal. Aproveitando o momento, Simonal estreou em dezembro um show produzido por Miele & Bôscoli no Teatro Princesa Isabel, em Ipanema. O nome era "Mugnífico Simonal" e trazia o cantor acompanhado da sua banda, o Som Três, cantando músicas e realizando alguns esquetes.


Fonte: Wikipedia

Outros discos do cantor já foram publicados aqui no blog (ache eles AQUI).

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